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eleições em Niterói apontam para 2º turno

eleições em Niterói apontam para 2º turno

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Levantamento mostra crescimento de Talíria Petrone (Psol) e derrota de Carlos Jordy (PL) em todos os cenários

Pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta sexta (27), aponta três candidatos na disputa pelo 2º turno em Niterói: Rodrigo Neves (PDT), Carlos Jordy (PL) e Talíria Petrone (PSOL). O pedetista aparece com 44,7% das intenções de votos, seguido pelo bolsonarista com 29%, pela psolista com 17,2% e por Bruno Lessa (Podemos) com 4,4%. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou menos.

De acordo com o levantamento inédito e espontâneo, Jordy não ganha em nenhum cenário, ou seja, se ele disputar o segundo turno com o ex-prefeito ou com a deputada federal, o candidato do PL não tem chances de governar a cidade, além de ter o maior índice de rejeição da população.

“Penso que não há necessidade de pânico, pois, se Jordy chegar ao segundo turno, perderá a eleição, pois o campo progressista todo votaria em Rodrigo. É válido que os apoiadores de Talíria critiquem a tese do voto útil aqui em Niterói, uma cidade que tem tido um histórico de vitórias de prefeitos do campo progressista”, afirma o cientista político Marcus Ianoni, doutor e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política (PPGCP) da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Para os niteroienses, o segundo turno preferido entre os eleitores é entre Rodrigo Neves e Talíria Petrone, que são os dois campos progressistas do município. A parlamentar tem a menor rejeição e mais espaço para crescer nas eleições.

“Seria politicamente importante que o debate entre duas candidaturas do campo progressista (Rodrigo e Talíria) pudessem chegar ao segundo turno para que a esquerda democrática expusesse suas diferentes visões sobre a gestão da cidade para os eleitores de Niterói. Reforço o argumento de que, para o esclarecimento político dos eleitores de Niterói que votam em candidatos progressistas, seria instrutivo se houvesse um segundo turno entre dois candidatos desse campo”, pontua o especialista.

A pesquisa foi realizada pela internet. A AtlasIntel foi feita com recursos próprios e teve a resposta de 1.218 eleitores de Niterói entre os dias 20 e 25 de setembro. O levantamento tem nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número RJ-04190/2024.

Voto útil
O voto útil é uma estratégia dos eleitores que deixam de apostar no seu candidato para escolher quem tem maiores chances de derrotar algum opositor.

“A política no Brasil e no mundo vem sendo muito limitada por essa figura da representação em contraposição à figura da participação. Isso faz com que o mundo e o Brasil fiquem polarizados e sem politização”, explica Clarisse Gurgel, doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro Iuperj.

De acordo com a especialista, durante o período eleitoral, o medo do bolsonarismo tende a fazer com que os eleitores prefiram “antecipar” uma solução em um suposto primeiro turno. Para ela, essa estratégia do medo que vem sendo adotada por muitos candidatos, o que prejudica o bom debate.

“O bolsonarismo resultou e consistiu em muitos males objetivos e concretos pro mundo e pro Brasil, mas, agarrado ao medo de voltar ao bolsonarismo, a gente perde de vista que vamos cedendo a ele. Então, existe esse cálculo, que é um cálculo, que aparentemente é inteligente, mas é o que a gente chama de fantasia ideológica. Brinco que, por muitas vezes, o voto útil é por motivo fútil. A gente não quer entrar em contato mais com esse pleito. O pleito perdeu todo o potencial dele de termômetro de proporcionar um espaço de maior debate, de maior envolvimento das pessoas nas coisas da cidade e do país”, garante Clarisse.



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JB