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Pediatra dá dicas de como identificar e quando se preocupar

Pediatra dá dicas de como identificar e quando se preocupar
Fonte: Marina Bemfica, médica pediatra e especialista em neonatologia (@dramarinabemfica).

O que o bebê expressa por meio do choro?

No início da vida é normal o bebê se comunicar pelo choro, por isso, é importante que os pais tentem identificar o que está acontecendo para resolver cada situação. “O bebê chora de forma diferente de acordo com o que está sentindo.  Conforme os pais convivem com o bebê,  começam a interpretar as necessidades do pequeno”,  explica a pediatra Marina Bemfica.

Além de pedir ajuda quando está com fome ou desconfortável, o choro ajuda a liberar a tensão ou a evitar sons e sensações que são muito intensas. “Ele pode ter períodos difíceis durante o dia, em que chora muito mesmo sem estar com fome, desconfortável ou cansado. Porém, após a crise, ele pode parecer mais alerta e, em seguida, dormir profundamente. Esse tipo de choro rápido os  ajuda a se livrar do excesso de energia para que possam retomar um estado mais tranquilo e satisfeito. Situações como essa são mais frequentes durante a noite”, esclarece.

Às vezes, tipos de choros se sobrepõem. Recém-nascidos, por exemplo, podem acordar com fome e chorar por comida. Se os pais não respondem rápido, seu desejo por alimentação pode dar lugar a um lamento de raiva. “À medida que o bebê cresce, seus gritos se tornam mais fortes, altos e insistentes. Eles também começam a variar mais para transmitir diferentes desejos. A melhor maneira de lidar com o choro é responder prontamente desde os primeiros meses de vida”, aconselha a médica.

Como identificar os tipos de choros? 

Marina Bemfica separou alguns padrões que provocam os principais tipos de choro. Confira:

Fome: Se o bebê foi amamentado há três ou quatro horas e acabou de acordar, provavelmente está com fome. 

Cansaço: Quando o bebê está com menos energia, perdendo o interesse nas pessoas e brinquedos, esfregando os olhos e bocejando, são sinais claros de cansaço. 

Desconforto: Se um bebê está desconfortável (molhado, com frio ou calor, por exemplo), provavelmente vai se contorcer ou arquear as costas enquanto chora. Para resolver o problema, olhe a fralda e tire ou coloque uma camada de roupa para tentar descobrir o que está causando a angústia.

Dor: Um choro de dor é repentino e estridente, como quando uma criança mais velha ou um adulto se machucam. Pode incluir longos gritos seguidos, com uma pausa para recuperar o fôlego. 

Incômodo por muitos estímulos: Se o ambiente está barulhento, com música alta e há muitas pessoas tentando conseguir a atenção do bebê, ele pode fechar os olhos e começar a chorar. 

Bebê doente: Um choro fraco, manhoso e acompanhado por gemidos pode indicar que o bebê está doente. 

Cólica: Se o seu bebê chora inconsolavelmente por longos períodos durante o dia, ele pode estar com cólica.

Várias razões podem causar o choro em excesso. Isso pode ser exaustivo e assustador para os pais. “Mas nem sempre é motivo para preocupações”, alerta. Um dos motivos para o choro excessivo são as cólicas. “Logo, consulte o pediatra para entender se há alguma causa específica que deve ser tratada”, finaliza a médica.

Fonte: Marina Bemfica, médica pediatra e especialista em neonatologia (@dramarinabemfica).